sexta-feira, 3 de agosto de 2012

VOCAÇÃO DE JESUS

"Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida por resgate de muitos" (Mc 10,45). Jesus Cristo veio ao mundo como gente para fazer a vontade do Pai, para servir. Cristo disse "SIM" ao Pai e assumiu sua vocação até o fim. Toda vocação humana tem suas raízes, seu motivo e sua realização na própria vocação de Cristo. Diz São Paulo: "Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra... Tudo foi criado por Ele e para Ele" (Cl 1,16ss). Como Jesus viveu sua vocação? - nascendo como gente, pobre e sem conforto; - como criança, em Nazaré, ajudando seus pais; - aos doze anos, obediente, crescia em estatura, em sabedoria, idade e graça (Lc2, 51-52); - ao sair de casa, após o batismo no Rio Jordão, ensinou a Palavra de Deus, a Boa Nova. Mostrou que o Reino de Deus é para todos, especialmente os pobres e pecadores. - escolheu os doze apóstolos e os enviou em missão para dar continuidade a sua obra redentora. 2º) A MISSÃO de Cristo: RESTAURAR TUDO NELE, RESTAURAR A VIDA DIVINA. Cristo é o restaurador de tudo. É o centro da história: "Por meio do sangue de Cristo é que fomos libertos e nele nossas faltas foram perdoadas, conforme a riqueza da sua graça... Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, a livre decisão que havia tomado outrora de restaurar em Cristo todas as coisas, tanto as celestes como as terrestres. " (Ef 1,7-10) Por Cristo, com Cristo e em Cristo os homens readquirem o equilíbrio, a harmonia e a comunhão perdidas quando estes recusaram a Vida divina: Cristo restaura a relação do homem com o universo: * O homem deve assumir o universo, tomando-o como mediação para o amor ao próximo e a Deus. * O mundo, o universo, penetrados pela graça, são tarefas do homem, que deve continuar o mistério da criação neste "sétimo" dia da história. "...Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente" (Rm 8,22) Cristo reconstrói o homem (união consigo mesmo): * O homem tem agora uma Vida nova em Cristo, a vida da graça, a Vida divina. * O homem renasce pela água e pelo Espírito Santo. "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entra r no Reino de Deus... E para que todo o que no Filho crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,5.15) Cristo restaura as relações do homem com os outros: * Reconstruído em si mesmo, o homem é capaz de se possuir e, portanto, de se dar. * A Vida divina em nós é essencialmente comunitária, como a Vida divina na Santíssima Trindade. "...Do u-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros" (Jo 13,34) "Nós sabemos que passamos da morte para a vida. porque amamos os irmãos". (1Jo 3.14) Cristo restaura a relação do homem com Deus: * Em Cristo os homens podem dizer a Deus: "Pai, Pai nosso..." * Os homens, filhos de Deus, são "o Povo de Deus", a família de Deus, circulando em todos a mesma Vida divina. "Vede que prova de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos" (1Jo 3,1) "Você já não é escravo, mas filho: e se é filho, é também herdeiro por vontade de Deus" (Gl 4,7) 3º) A RESPOSTA de Cristo: FAZER A VONTADE DO PAI Para poder entender a vocação de Jesus é preciso acreditar na confissão que proclama a Carta aos Filipenses 2,6-8: "... Jesus Cristo tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruzl" Em verdade Cristo, na sua condição divina, tinha por direito todas as prerrogativas divinas. Mas, feito homem, renunciou a essas prerrogativas divinas e adotou a condição humana partilhando todas as fraquezas dessa condição humana, exceto o pecado. Isto tem grandes consequências, pois Cristo, sem deixar de ser Deus, ao assumir a condição humana, Ele tem que percorrer os mesmos caminhos de todo ser humano. Jesus não nasce sabendo tudo, pelo contrário, tem que aprender como qualquer criança, jovem ou adulto, a também descobrir sua vocação. • Jesus, como homem, discerne também sua vocação Dos 33 anos da vida de Jesus, 30 aconteceram na normalidade de qualquer outro (Lc 3,23). Jesus vai a se batizar por João Batista como um fiel a mais, aí se manifestou o Espírito Santo, que lhe conduz ao deserto. Aí Jesus verdadeiramente discerne sua vocação escutando o chamado do Pai, sofrendo as tentações... E Jesus inicia sua vida pública na sinagoga de Nazaré, sua cidade, anunciando sua missão libertadora. "Foi entregue a Jesus o livro do profeta /saías; abrindo-o, encontrou a passagem onde está escrito: 'O Espírito do Senhor está sobre m/m, porque E/e me ungiu para evangelizar os pobres; envio u-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor'. Fechou o livro e começou a dizer-lhes: hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouwr"(Lc 4,17-21). Jesus assume todas as consequências do Sim Veja como Cristo viveu e assumiu a sua missão. Veja como disse Sim ao Pai até a morte, e morte de cruz. Veja como não foi fácil: "Jesus prostrou-se com o rosto em terra e orou: Meu Pai, se é possível, afasta de m/m este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres"(m. 26,39). "Cristo, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão. E embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento''(H b 5,7-8). Jesus assume todas as consequências de sua missão, sendo coerente com aquilo que pregou. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pêlos amigos". Jesus morreu como o grão de trigo debaixo da terra (Jo 12,24), para dar frutos, para dar vida: "Eu vim para que tenham vida e a vida em abundância''(Jo 10,10). Textos para refletir: 1. O que disseram dele: Is 42 e 61; Jo 1, 19-34; 3, 22-35; Mt 16,16-17; Mc 1,21-28 2. O que o Pai disse dele: Lc 3,21-2 e 9,35; Mt 17, 5-6 3. Como Jesus se apresenta: Lc 1-2; Mt 11,28-30 ; 25-40 4. Aparência física de Jesus: Lc 3,23; Lc 4,2; Lc 6,17-23; Lc 22 5. Atraente: Mt 14, 13-21; Jo 1,35-41; Lc 19,10; Jo 7, 40-47 6. Corajoso: Mt 12,24; Lc 25, 8-9 7. Humano: Lc 19,41; Jo 32,36; Mc 9, 13-14; Lc 7,11-17 8. Atitudes de Jesus: Mt 10,38; Mt 5 9. Jesus que convida: Os que dizem sim — Jo 1,35-41; os que colocam condições — Mt 8,21-22; Lc 9, 57-62; Os que dizem não — Mt 19, 16-22

MISSIONÁRIAS SCALABRINIANAS www.mscs.org.br

A Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, Scalabriniana foi fundada pelo bem-aventurado, dom João Batista Scalabrini, bispo da diocese de Piacenza, Itália, no dia 25 de outubro de 1895. São co-fundadores Padre José Marchetti e Madre Assunta Marchetti. A fundação da Congregação das irmãs mscs está ligada a uma época de profundas mudanças econômico-sociais e políticas. Esse contexto gerava migrações em massa da Europa para países das Américas do Norte e do Sul. Dom Scalabrini, sensível e solidário aos imigrantes, dá início a uma ação pastoral específica. Compromete-se pessoalmente com a causa da migração e reúne colaboradores e continuadores de sua missão. As primeiras irmãs da Congregação a assumir esse desafio, a convite de padre José Marchetti, foram Carolina Marchetti, Assunta Marchetti, Ângela Larini e Maria Franceschini, que no dia 25 de outubro de 1895 foram admitidas aos votos religiosos e enviadas em missão por dom João Batista Scalabrini, para o Brasil, especificamente, ao Estado de São Paulo. Chegando lá, as irmãs estabeleceram a primeira comunidade no Orfanato Cristóvão Colombo, na cidade de São Paulo, com a finalidade de atender os órfãos, filhos de imigrantes italianos, em sua maioria, ali acolhidos. Na época, foram os primeiros destinatários da ação missionária da Congregação, traduzida no serviço evangélico e missionário aos migrantes, preferencialmente aos pobres e necessitados. No Rio Grande do Sul, desde 1915, a Congregação se dedicou, inicialmente, aos imigrantes italianos, no município de Bento Gonçalves, atuando nas áreas da educação, saúde, pastoral social e formação religiosa. Essa presença tornou-se vertente de vitalidade congregacional pelas numerosas vocações que deram origem a iniciativas missionárias, resultando na criação da Província Imaculada Conceição, em 1927, com sede em Caxias do Sul, RS. Em 1936, a Congregação se expandiu para a Europa, e a partir de 1941, para a América do Norte. Mais tarde, para outros países da América Latina, Ásia e África. Hoje, está presente em 27 países, tendo sua sede geral em Roma, Itália. A Congregação está organizada em seis províncias (grupos), com suas respectivas sedes administrativas em Piacenza, Itália; Illinois, Estados Unidos da América; São Paulo, SP, Brasil; Várzea Grande, MT, Brasil; Porto Alegre, RS, Brasil; Caxias do Sul, RS, Brasil. Para saber mais sobre a nossa história... (www.scalabriniane.org) e-mail: vocacoesmscs@uol.com.br
www.mscs.org.br e-mail: vocacoesmscs@uol.com.br Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas. JOÃO BATISTA SCALABRINI - FUNDADOR A Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, Scalabrinianas, foi fundada pelo Beato João Batista Scalabrini em Piacenza aos 25 de outubro de 1895, e tem como co-fundadores os irmãos Padre José Marchetti e Madre Assunta Marchetti. Sua Missão é o serviço evangélico e missionário aos migrantes, especialmente aos mais pobres e necessitados. Expandiu-se inicialmente no Brasil, e em seguida na Europa (1936), na América do Norte (1941) e, nos últimos anos em vários países da América Latina, da Ásia e da Africa. Atualmente marca presença em 26 países, conta com 800 Irmãs e 156 comunidades, e sua Sede Geral se encontra em Roma . As Irmãs consagram sua vida a Jesus Cristo, segundo as exigências do Carisma Scalabriniano, vivem a fraternidade em comunidade, como elemento indispensável da consagração religiosa, e se fortalecem na fidelidade vocacional mediante a oração, a meditação da Palavra de Deus e a Celabração Eucarística, fonte de comunhão com Deus e com os irmãos. As Irmãs Missionárias Scalabrinianas, ao longo do desenvolvimento da história da Congregração se dedicaram, e continuam ainda dedicando-se à educação, à ação social e pastoral, ao serviço da pastoral da saúde, à catequese, à evangelização e à colaboração com a Igreja local a favor dos migrantes e dos pobres. Fiéis ao carisma e atentas aos desafios da mobilidade, a Congregação acolhe a proposta da Igreja de colocar-se a serviço dos que estão envolvidos com o drama do fenônemo das migrações, sendo “sinal da ternura de Deus e testemunho particular do mistério da Igreja, casta, esposa e mãe (V.C. 57), motivadas pelas Palavras do Evangelho: “Eu era estrangeiro e vocês me acolheram” (Mt 25,35)