quinta-feira, 16 de maio de 2013

SCALABRINI E A IGREJA

Scalabrini Nos escritos de Scalabrini (em particular nas Cartas Pa storais e nos Discursos por ocasião das Festas), o tema sobre a Igreja é o mais abordado. Por isso, seria uma tarefa quase impossível, ainda que em síntese, apresentar aqui todo o conjunto de seu pensamento. Neste “dépliant” nos limitaremos a antologizar alguns aspectos que Scalabrini privilegiou e que retornam co m freqüência como um “Leit-motiv”, ou que permanecem atuais. Nos escritos de Scalabrini (em particular nas Cartas Pastorais e nos Discursos por ocasião das Festas), o tema sobre a Igreja é o mais abordado. Por isso, seria uma tarefa quase impossível, ainda que em síntese, apresentar aqui to do o conjunto de seu pensamento. Neste “dépliant” nos limitaremos a antologizar alguns aspectos que Scalabrini privilegiou e que retornam com freqüência como um “Leit- motiv”, ou que permanecem atuais. Das Cartas Pastorais, queremos re cordar aquela de 1877 e a de 1888, inteiramente dedicadas a esse tema, Igreja. Com relação aos Discursos, lembraremos daqueles elaborados por ocasião da Festa de Pentecostes que tratam, em geral, do nascimento da Igreja e de sua natureza. Entre os discursos por ocasião da Páscoa, quereremos evidenciar a analogia Igreja-Ressuscitado (1879); a Igreja co mo civilização cristã (1888); e os triunfos do Ressuscitado na Igreja (1900). Também no discurso sobre a Epifania (1877) e até mesmo em um dos dois únicos discursos sobre a Ascensão, Scalabrini aborda o tema da Igreja “plenificada” por aquele mistério. Enfim, devemos lembrar, dentre os Discursos sobre a Assunção, aquele de “Maria imagem da Igreja” (1882), um dos mais belos e atuais. “A Igreja é uma sociedade; uma sociedade de natureza inteiramente diferente das outras, porque é sociedade terrena- celeste, portanto, verdadeira imagem do seu Fundador, Homem e Deus ao mesmo tempo. Ela é quase encarnação viva de Jesus Cristo na terra, uma continuação de sua vida mortal, a sua perpétua manifestação entre os homens” (Páscoa 1900). Antes de passar à antologia dos seus escritos, vamos ver, em flash, alguns pensamentos dominantes. Scalabrini amou a Igreja, sentindo-a exatamente como a “encarnação viva de Jesus Cristo”; e Jesus Cristo (Dèpliant n. 11) é o amor e a verdade do Pai feito carne para a salvação de todos os homens. E amor e verdade será a Igreja, que é a “continuação da sua vida mortal”. Esta Igreja que leva a salvação a todos os homens será, por natureza, uma Igreja missionária; e Scalabrini realizará a sua “procrastinada” vocação missionária de um modo providencial todo novo: mediante a evangelização dos migrantes católicos europeus, que por sua vez “estenderão o Reino de Cristo” no novo mundo. Dizer Igreja e dizer “civiliz ação cristã” é a mesma coisa. E dizer civilização cristã é a mesma coisa que dizer civilização somente. A civilização cristã, criada e alimentada pela Igreja é a civilização do amor operoso, que se exprime pelas obras de caridade. A Igreja, através dos sacramentos e da palavra, dá ao homem, fraco e errante, a força da graça e a luz da verdade, das quais é pleno o seu Fundador. O Estado, portanto, para não ser míope, deve dar espaço a esta civilização e favorecer e não contrastar ou reprimir a obra da Igreja que a cria e a desenvolve. A Igreja forma o verdadeiro cidadão, porque forma o homem; e forma o homem, porque lhe forma a dimensão moral, tendo ela a única moral perfeita reconhecida para motivar-lhe e sustentar-lhe a fraqueza humana no cumprir a verdade. A Igreja é na história o instrumento de Deus para realizar o seu plano, que é só um plano de salvação, a que todos os homens são chamados. A Igreja sobre a terra partilha o mistério divino-humano de seu fundador: é um mistério de grandeza e de miséria, mas com uma saída final na glória. Nasce daqui um otimismo cristão e scalabriniano. A Igreja que é una , conheceu ao longo dos séculos as divisões, mas deve trabalhar para reencontrar a unidade perdida: com paciência, humildade e esperança. Scalabrini, amante da Igreja “viva encarnação de Jesus Cristo”, não podia não fazer da Eucaristia “extensão da Encarnação de Cristo” o seu primeiro grande amor e não ver na Eucaristia o vínculo da unidade da Igreja, quando afirma que é a Eucaristia que faz a Igreja! “A Igreja é formada por este sacramento (= Eucaristia). A Eucaristia é o sinal, sob o qual fostes reunidos: “O Senhor nos reuniu com a comunhão do cálice” (Síno

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